Desta vez deu big onda. Muitos surfistas pelo mundo adorariam pegar essa gigante,
registrada por uma boia da MetOcean, flutuando no Oceano Antártico, próxima da Ilha Campbell, cerca de 692 quilômetros ao sul da Nova Zelândia.
A onda alcançou 23,8 metros, durante tempestade. O recorde anterior, também registrado pela MetOcean Solutions, era de uma onda de 19,4 metros que passou pela mesma faixa de oceano no ano passado.
O Oceano Antártico é umas das áreas menos estudadas da Terra. Seus ventos energéticos e persistentes o tornam uma “sala de máquinas” para o desenvolvimento de ondas, produzindo ondas que atravessam o globo, incluindo as icônicas ondas de surfe que chegam à costa da Califórnia.
A tempestade de 9 de maio foi gerada pela passagem leste de um sistema profundo de baixa pressão, acompanhada de ventos alcançando 120 km/h. Essas tempestades de baixa pressão são comuns no Oceano Antártico e podem acontecer em qualquer momento do ano, diferentemente do que ocorre no hemisfério norte, onde tempestades parecidas só acontecem no inverno.
Ao medir ondas, oceanógrafos usam uma métrica chamada “altura significativa de onda”. É um valor padrão que caracteriza condições do mar e pega a média do maior terço de uma onda medida. A tempestade de 9 de maio produziu uma altura significativa de onda de 14,9 metros, o que é agora um recorde para o Oceano Antártico. Mas não é a maior já registrada; essa glória vai para uma onda de 2013 no norte do Oceano Atlântico, com altura significativa de onda de 19 metros.