A cientista Ana Maria Primavesi nasceu em 1920 na Áustria, mas é brasileira por opção. Ela é a grande responsável por diversos avanços no estudo das ciências do solo, principalmente, no manejo solo e é uma das principais pesquisadoras da agroecologia e da agricultura.
“Naturalmente entrou para a faculdade de agronomia, mesmo Hitler tentando fazer com que as “cabeças pensantes” desistissem de estudar. Ela não só era uma das raras mulheres na faculdade como também aquela que destacou-se por seu talento natural em compreender o invisível: a vida microscópica contida nos solos”, conta a sua família.
Junto com o seu marido Artur Primavesi lançou a Biocenose do Solo, o primeiro estudo brasileiro a analisar a importância do solo como organismo vivo, a relação entre seus componentes e com a planta.
Além do seu trabalho acadêmico, ela é fundadora da Associação da Agricultura Orgânica (AAO) e dedicou seu tempo a praticar a agricultura ecológica e espalhar o conhecimento sobre a importância de unir agricultura a preservação ambiental.
Em 2012, recebeu o prêmio One World Award da Federação Internacional de Agricultura Orgânica (IFOAM) da IFOAM, o reconhecimento mundial pelo estudo do solo.
Aos 99 anos, continuava sendo a inspiração do movimento agroecológico e sempre ligada aos novos rumos em defesa dos orgânicos, da agroecologia e na defesa do solo e na natureza.
Ana Maria Primavesi faleceu no ano passado, aos 99 anos, por problemas cardíacos.
Em sua homenagem, foi lançado um site dedicado à sua história e ao seu trabalho em agricultura orgânica. O site reúne, praticamente, todo o acervo da engenheira agrônoma e os textos escritos pela geógrafa e professora Virgínia Knabben, autora da biografia “Ana Maria Primavesi – histórias de vida e agroecologia”.
