Mexilhão dourado ameaça Amazônia

(Foto: Reprodução)

Trata-se de Espécie Invasoras encontrada no reservatório da UHE Sobradinho e agora avança para o canal das obras de transposição do rio São Francisco. Em outra frente, o mexilhão já se estabeleceu até o Mato Grosso.

De acordo com a analista de meio ambiente da Cemig, Marcela David de Carvalho, o molusco segue o curso de água e só avança rio acima quando deslocado mecanicamente, seja nos cascos de embarcações ou por meio da piscicultura. Essas teorias podem explicar como o molusco passou da bacia do rio Prata, por onde chegou na região, subiu pelos rios Uruguai e Paraná até chegar ao Grande, em sentido contrário ao deslocamento natural das águas.

A pesquisadora da Cemig disse que o mexilhão dourado tem como característica principal se acoplar a estruturas firmes e se reproduz de forma acelerada nesses locais, formando rapidamente grandes colônias. Por isso e uma ameaça às usinas no caminho de sua migração.

A espécie acaba afetando basicamente três áreas, o trocador de calor, a tomada de água e a saída da turbina. Em todas essas estruturas há um impacto com a perda de eficiência dos equipamentos. O Ibama estuda autorizar o uso de soluções químicas no combate à praga, mas esta solução estará restrita a instalações industriais.