O número de pessoas que passam fome no mundo aumentou em 2017, alerta o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), José Graziano da Silva.
Mesmo sem os dados definidos, a FAO estima que mais de 20 milhões de pessoas estejam morrendo pela falta de alimentos no Sudão do Sul, na Somália, na Nigéria e no Iêmen.
Segundo o diretor, 60% das pessoas que passam fome no mundo moram em países afetados por conflitos, fator que favorece a falta de alimentos, a seca e outros efeitos das mudanças climáticas. Atualmente, 19 nações vivem em crises prolongadas de violência.
Apesar de a fome parecer restringida a África, Ásia ou América Latina, ela impacta outras partes do mundo, como acontece com a imigração, e nesse contexto é necessário que os países desenvolvidos criem medidas para combater o problema e atingir as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Para o chefe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Achim Steiner, os impactos da mudança climática não devem ser subestimados, por isso é necessário que os países invistam na agricultura sustentável para erradicar a fome e a pobreza.
“Otimizar a economia agrícola talvez seja a melhor forma de ver a agricultura do futuro. Não é a maior produção possível o que gera uma segurança alimentar sustentável”, alertou Steiner.
** Com informações da EFE