Dom musical é hereditário?

Microfone, cantar, dom musical
(Foto: Freepik)

Os caracteres físicos e psíquicos se transmitem de pai para filho. Algumas famílias foram reconhecidas pela sua herança musical. O dom musical tem uma base genética e, por esse aspecto, a biologia explica a música. Os instrumentos primitivos e pré-históricos eram feitos de ossos.

Na família de J. S. Bach a herança, ou seja, o dom pela música se manifestou numa linha ininterrupta de cinco gerações! Bach teve 21 filhos de dois casamentos:

Wilhem Friedman – Bach de Halle – organista e compositor

Carl Philip Emanuel – Bach Berlinense – compositor fecundo e fixador da sonata

Johan Cristoph Friedrich – Bach de Bueckeberg – Regente e compositor

Johan Christian – Bach de Milão ou Inglês. Compositor de óperas e de instrumentos

Por outro lado, pessoas com idiotia e surdez tonal são incapazes de sentir prazer em ouvir ou tocar música. Simplesmente não compreendem os sentimentos expressos na música. É como ouvir alguém falando um idioma desconhecido.

O ritmo é um componente da música que também está presente nas principais funções do ser humano como na respiração, nos atos do amor, nos batimentos cardíacos e nas demais funções orgânicas.

Aristóteles, filósofo grego (384 – 322 a.C.) afirmou que o ritmo é próprio do homem.

A marcação visual do tempo é feita pelo movimento. A regência de uma orquestra, conjunto ou coral é feita com movimentos do Maestro com a batuta ou com as mãos.

Na ampulheta, pelo movimento da areia de um recipiente para o outro. Nos relógios, pelos movimentos dos ponteiros que marcam as horas e os minutos.

No ser humano, pelo movimento cardíaco, na respiração, no andar, nos ciclos menstruais, no nascimento, no crescimento e na vibração permanente da vida.

Em razão da importância do espaço que a música ocupa em nossas vidas e também pelas reações que motiva é preciso compreendê-la como um efetivo valor biológico.

Texto: Mario Albanese