Um consórcio de jornais europeus realizou uma investigação sobre os “poluentes eternos” que revelou que os países da Europa estão em grande escala poluídos. A pesquisa inédita mapeou mais de 2.000 hotspots que, até o momento, não tinham sido catalogados.
Matéria da jornalista Ana Carolina Peliz, da RFI, destaca que existem mais de 4.700 diferentes produtos com químicos PFAS no mercado atualmente, fazendo com que esta seja a substância sintética mais fácil de se encontrar no mundo.
Desde então, elas são usadas de maneira intensiva, principalmente na fabricação de produtos antiaderentes, impermeáveis ou resistentes a manchas. Os PFAs estão presentes em roupas, tapetes, ceras para piso, panelas antiaderentes, embalagens a prova de gordura —como as dos fast-foods e de embalagens longa vida — e até no fio dental e em alguns cosméticos.
“O ponto de partida da investigação foi localizar as indústrias produtoras de PFAs. Não existem muitas, porque é uma tecnologia complexa”, explica a jornalista Stéphane Horel, jornalista do Le Monde, que participou da investigação.
“Percebemos rapidamente que existiam muitos outros lugares importantes em termos de contaminação ambiental além das indústrias. Então nós encontramos uma metodologia usada anteriormente por cientistas norte-americanos para mapear os lugares provavelmente contaminados, nos Estados Unidos. Decidimos adaptar esta metodologia, com o apoio destes pesquisadores norte-americanos”, para a Europa. “Por isso dizemos que fizemos ‘peer reviewed journalism’, ou jornalismo revisado pelos pares, com apoio científico e validação, por cientistas, dos métodos que utilizamos”, explica.
Pesquisa e mapeamento