Olimpíada de Paris e as adaptações sustentáveis

Foto - Comitê Olímpico
Quem acompanha os jogos da Olimpíada de Paris pode perceber que o clima é louco lá também – chuva na abertura, depois dias com quase 40 graus. O público e os atletas estão sofrendo.
No transporte público, os passageiros ganham água, leque e chapéus. Um total de 2,5 milhões de garrafas de papelão reciclável serão distribuídas em 70 estações de metrô e trem regional e mais 19 pontos de ônibus da cidade, segundo as autoridades locais, que também recomendam que os turistas usem filtro solar.
Os quartos na Vila Olímpica foram entregues sem aparelhos de ar-condicionado pela organização, mencionando a questão da preocupação ambiental. Mas os atletas chiaram. Claro, precisam estar prontos  e com conforto para as provas.
O comitê organizador liberou a instalação de módulos temporários na Vila Olímpica, que custam 300 euros cada (cerca de R$ 1,5 mil), desde que cada comitê banque esse custo. Boa parte dos países, incluindo Brasil, Estados Unidos, Holanda e Canadá, aderiu. O COB pagou cerca de R$ 270 mil para instalar aparelhos de ar-condicionado nos quartos dos atletas brasileiros.
Algumas adaptações estão sendo necessárias para manter essa como a olimpída a mais sustentável.
Uma das marcas destes Jogos é a campanha maciça pelo uso de garrafinhas para evitar a produção de lixo. Nas arenas olímpicas, 480 fontes de água foram instaladas para atender os espectadores, assim como áreas de sombra e aspersores. No total, a cidade de Paris tem 1.200 fontes e convênio com pelo menos 1.000 estabelecimentos comerciais para que forneçam água de graça a quem pedir ou precisar.
Na vila Olimpica, que serve muitos produtos orgâncios e hortifrutis, os atletas pediram proteína!
De acordo com o jornal francês L’equipe, foram entregues 700 kg de ovos e uma tonelada de carne para atender aos pedidos dos atletas. A empresa responsável Sodexo Live!, garantiu que vai “levar muito a sério o feedback dos atletas” e “trabalhar ativamente” para adaptar os fornecimentos “ao consumo real observado”.
Ops, não podiam ter esquecido a proteína animal para os atletas!
Rio Sena e a controversa despoluição.  Para viabilizar o projeto de despoluição do rio, a Prefeitura de Paris investiu cerca de 1,4 bilhão de euros, cerca de 8,3 bilhões de reais.
Depois do adiamento da prova de Triatlon por “inadequação da qualidade do rio Sena”, a prova na quarta (31) causou “nojinho” nos atletas.
Para a imprensa, a brasileira Djenyfer Arnold, usou o bom humor para falar entorno da polêmica sobre a qualidade da água.   “Qualidade da água vamos saber amanhã, quando os goles fizerem efeito aqui dentro”, disse a atleta.
No jornal Folha de S.Paulo, a triatleta belga Jolien Vermeylen, 24ª colocada na prova  criticou as condições do rio Sena: “Nadando embaixo da ponte, cheirei e vi coisas que é melhor não pensar muito.”

Assista ao vídeo no site do Comitê Olímpico da prova de traitlo feminina no Sena –  https://olympics.com/en/paris-2024/videos/women-s-triathlon-olympic-games-paris-2024

E a imprensa registra lixo por todos os lados – garrafas de plástico, sacolas, papéis… Mas isso é falta d eeducação do público porque lixeira existem.
Enfim, muitos aprendizados…