Bruges, na Bélgica, é a capital da Flandres ocidental e surgiu na confluência de vários canais, uma das principais atrações turísticas da cidade. Por isso, é conhecida como a Veneza do Norte.
Ir a Bruges e não fazer um passeio pelos seus canais é como ir a Roma e não visitar o Vaticano, já que ver o papa nem sempre é possível.
Bruges conheceu sua maior prosperidade no século XIV como centro comercial, perdendo essa importância para Antuérpia no século seguinte. É uma das cidades mais românticas para se visitar, com seus mercados, a prefeitura na ampla praça principal, a igreja do Sangue Sagrado, a de Notre Dame, o hospital São João e o museu municipal com importantes obras dos primitivos pintores flamengos. O porto é ligado ao mar por um canal de cerca de 15 km, mas os grandes navios aportam em Zeebrugge, a 17 km dali.
Fomos a Bruges pela primeira vez há vinte anos, em 1997, numa excursão saída da Espanha. Nosso guia era um jovem espanhol que nos mostrou os principais pontos turísticos da cidade e, também, nos apresentou à famosa cerveja belga, produto tão famoso quanto os seus chocolates, a renda de Bruxelas, as impecáveis autopistas, ou seja, tudo que faz da Bélgica um autêntico país de primeiro mundo. Não é à toa que é a capital da União Europeia.
Naquela ocasião, saímos à noite para jantar e, na volta, nos perdemos nas ruelas daquela cidade medieval. Estava frio e a neblina cobrira toda a cidade. Ficamos vagamos por algumas horas, sem localizar o hotel, até que achamos um grupo de colegas brasileiros do nosso grupo, bem mais orientado que nós e mostrou-nos o hotel, a poucos passos de onde estávamos. Que alívio!
Vinte anos depois, voltamos a Brugges, num cruzeiro. Pegamos um trem em Blankenberg e em menos de vinte minutos estávamos na estação central de Brugges. Dali até o centro da cidade é um bom pedaço, quase uma hora caminhando sem pressa, pois a cidade é para ser curtida em todos os seus detalhes. Dessa vez, fizemos o passeio de canal, tomamos a deliciosa cerveja local na praça principal lotada de turistas, comemos um sanduíche com a gostosa salsicha deles, visitamos o mercado de antiguidades, pois era sábado, e voltamos de trem para o navio, certos de que Bruges é uma cidade para ser visitada sempre. É o que ainda esperamos fazer outras vezes.