A elegância de Victoria, no Canadá

(Foto: Arquivo Pessoal)

Victoria, capital da Colúmbia Britânica, é considerada a mais inglesa das cidades canadenses bem como Quebec, no outro extremo, é a mais francesa.

Fundada em 1843, recebeu esse nome em homenagem à rainha Victoria, em 1850. Victoria é uma cidade elegante, com suas casas-mansões em estilo edwardiano, seus inúmeros jardins e parques. O prédio do legislativo construído em 1893 para comemorar o jubileu de diamante da rainha Victoria é uma joia da arquitetura britânica bem como o Hotel Fairmont Express e o castelo Craigdarroch dão à cidade o ar de nobreza que a distingue. As flores constantemente renovadas são a principal característica da cidade. Os jardins de Butchart e o de borboleta de Victoria estão entre os mais belos e bem cuidados do mundo.

Victoria se localiza ao sul da ilha de Vancouver, cidade da qual se avizinha e que pode ser alcançada por uma hora de barco ou alguns minutos de avião. Enquanto Vancouver, situada no continente, se modernizou e se desenvolveu, Victoria ficou meio parada no tempo, conservando as relíquias de seu passado colonial britânico. É uma das cidades mais bonitas e mais elegantes que já visitei no mundo, sobretudo as do novo continente.

Claro, Quebec e Montreal têm seu charme francês, mas Victoria tem um ar de quem seta sempre esperando algum nobre pra se hospedar no Fairmont.

Victoria é considerada a cidade dos jardins e, agora na primavera, ela fica ainda mais maravilhosa. Mesmo no inverno, em janeiro, ela se colore com as flores das cerejeiras; em março, com as das tulipas e, quando maio chega, a primavera explode de cores com as roseiras, as tulipas e suas cores fortes, os lírios e todas as flores constantemente renovadas por jardineiros atentos e dedicados que cuidam também dos cerca de 1.600 cestos de flores pendurados nos postes de luz numa miríade de cores.

A cidade é um brinco e dá vontade de viver ali. Vivo em outra Vitória, também uma ilha, na capital do estado do Espírito Santo, no Brasil. No entanto, tivesse hoje vinte anos, já saberia a Victoria que escolheria para viver. O pouco tempo que passei em Victoria, no Canadá, serviu para dar-nos uma mostra de uma das cidades mais lindas e civilizadas do mundo. Foi como uma degustação, que se aprova para apreciar e fica na boca a vontade de experimentar mais a iguaria. Um dia, ainda voltarei a Victoria, pois ficou na boca o o gostinho de quero mais.