A insensatez tupiniquim

foto- Pixabay

Estamos atravessando um momento único na história da civilização humana. Um vírus está sendo maior que as guerras e para o planeta. Bilhões de pessoas estão em quarentena para não propagar os danos da Covid-19. 

A Índia colocou mais de 1 bilhão de pessoas em isolamento e os Estados Unidos se preparam para enfrentar a assistência aos infectados. Itaĺia é Espanha contam mais mortos que a China por falta de ação célere para proteger seus cidadãos. Será que nesses países a economia está normal? Só o Brasil pode ir para um desastre econômico?

O mundo está doente faz décadas. Foi preciso um vírus, de absurdo poder de contágio, mostrar que precisamos parar, reorganizar essa bagunça, recuperar conceitos de civilidade, ter empatia, investir mais em saúde do que em doenças e guerras,  criar um modelo de sociedade mais igualitária para ser feliz.

Estamos mostrando essa verdadeira revolução no comportamento humanos, querendo ser mais saudável; nas fontes de energia limpa e às possibilidades de conforto social sem poluir ainda mais o planeta Terra; como iniciativas criativas mudam comunidades e cidades, países; como os modelos de smart cities vão melhorar nossa vida e como a biotecnologia avança para ampliar a qualidade de vida. A nova economia já está se organizando, só não entende quem não quer, não lê fontes confiáveis ou quer a manutenção de um mundo doente e viciado.

Nosso vírus tupiniquim foi disseminado em cadeia nacional. Ignorância não é defeito, mas se combate com luz, informação e ciência. 

O presidente Bolsonaro talvez não tenha sido informado como acontece o contágio, que a “imunidade” do Brasil não está na diferença de clima com a Itália, o isolamento não altera só a economia brasileira e não é só idoso que tem a doença. Cientistas do mundo todo trabalham em vacina ou medicamento para curar o Covid-19, que não é uma “gripezinha”. Talvez essa turma nem saiba o que significa pandemia. Fica a dica para procurar no Google.

Enquanto o mundo se mobiliza e se reorganiza, passamos a vergonha mundial da falta de visão estratégica sócio, política, econômica e humanitária.

O mundo todo vai sair dessa com uma nova diretriz de sobrevivência.

Fica em Casa para colaborar com os profissionais de saúde, segurança, limpeza, abastecimento e assistência que estão trabalhando para que possamos evitar um nível de doentes e mortos por causa da pandemia.

Não temos liderança, mas lembre-se que até as ilhas estão contaminadas. 

As nuvens podem estar negras, mas tem sempre um farol para nos guiar. Confiança.

Agora, precisamos fazer a nossa parte. 

Tudo passa. Vamos torcer para sair dessa crise mundial mais fortalecidos, com uma sociedade mais evoluída e uma economia mais justa. 

Vera Moreira/ Editora Chefe do ONB