Movimento lança propostas para as florestas e a agricultura no Brasil até 2050

(Foto: Pixabay)

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura lança o “Visão 2030-2050: O Futuro das Florestas e da Agricultura no Brasil”, um documento que prevê como ficará as florestas e a atividade agropecuária do Brasil com os impactos das mudanças climáticas até a metade do século.

O documento, preparado por mais de 200 especialistas de diferentes setores, quer contribuir para o debate de como o Brasil pode unir a produção de alimento, ajudar a manter a segurança alimentar mundial, sem deixar a preservação ambiental de lado.

O documento propõe quatro pilares: produzir mais e melhor, por meio da agropecuária e silvicultura; criar valor e gerar benefícios a partir das florestas nativas; acabar com o desmatamento; e viabilizar políticas públicas de Estado e instrumentos econômicos alinhados e integrados.

A Coalizão Brasil estima que será possível tornar a silvicultura com espécies nativas em uma atividade economicamente relevante no país no prazo de 12 anos e as florestas plantadas com nativas chegarão a pelo menos 5 milhões de hectares com finalidade econômica.

Sistemas agroflorestais, restauração e reflorestamento e pagamento por serviços ambientais serão cada vez mais comuns. Transparência e rastreamento de origem deverão ser a regra no agronegócio.

Em relação a instrumentos financeiros, o Plano ABC (Agricultura de Baixo Carbono) deve avançar rapidamente e o Plano Safra, uma das principais fontes de crédito do produtor rural brasileiro, precisará ser revisto para ser totalmente vinculado a práticas de baixa emissão de carbono.

Os biocombustíveis devem atingir as metas brasileiras com um aumento de 85% no volume de etanol hidratado e 158% no volume de biodiesel na matriz energética de transportes, em relação a 2017. Para 2050, a expectativa é de uma matriz energética essencialmente renovável, com elevado percentual de bioenergia.