Após França, Reino Unido e Holanda anunciarem que vão proibir a venda de carros movidos a combustíveis fósseis até 2040, a Comissão Europeia pretende implantar uma cota de carros elétricos para ser atingida pelas montadoras até 2030.
Segundo o portal Climate Home, os membros dos gabinetes de clima, indústria, energia sindical e transportes da Comissão Europeia chegaram a um consenso de que são necessárias medidas para zerar as emissões de gases de efeito estufa.
“Eles deixaram bem claro que é sua intenção ir para um mandato de zero emissões e a indústria automobilística foi informada para parar de reclamar sobre isso e começar a ser construtiva”, disse a fonte, que não quis ser identificada, ao Climate Home.
As montadoras alegam que a transição para seguir os padrões de emissões é complicada e as colocam em desvantagem competitiva.
Uma das opções da Comissão é desenvolver um mandato similar ao da Califórnia, em que os fabricantes de automóveis são obrigados a cumprir uma cota mínima de veículos elétricos na frota.
A notícia de uma possível cota na União Europeia preocupa as montadoras alemãs, que mesmo sendo cruciais para a economia, vivem em um momento de desconfiança após serem acusadas de driblar os testes de poluição
Na semana passada, um porta-voz executivo da União Europeia disse a repórteres que não havia planos de introduzir uma cota de carros elétricos para que o setor automobilístico se recuperasse do escândalo, mas sim promover uma economia de baixo carbono.
A Comissão Europeia deve discutir a proposta no mês que vem. Para setembro, também está prevista a votação de um projeto, que prevê que 25% da frota mínima sejam de veículos elétricos até 2025 e proíbe os motores a diesel e a gasolina até 2035, no parlamento europeu.
Se o parlamento aprovar as medidas da Comissão, ele pode bloquear, ajudar ou alterar os regulamentos de acordo com os países da União Europeia e com a Comissão.
** Com informações da Climate Home e da Reuters
